Dando prosseguimento ao projeto de visitas às faculdades de Medicina Veterinária, a Comissão Técnica de Educação do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) iniciou 2022 indo a mais quatro instituições. Até o momento, oito faculdades foram visitadas e a meta é chegar a 18 até o final de fevereiro.

As visitas foram realizadas pelo presidente da Comissão, Fábio Manhoso, acompanhado pela professora Helenice de Souza Spinosa, que também integra o grupo, e pelos membros da diretoria Rosemary Viola Bosch, tesoureira, e Fernando Gomes Buchala, secretário-geral.

De acordo com Fábio Manhoso, que também é vice-presidente da autarquia, o objetivo inicial foi alcançado, que é o de transmitir uma mensagem de otimismo, união e fortalecimento do ensino da Medicina Veterinária e da Zootecnia. “Fomos muito bem recepcionados pelos coordenadores e a busca por aproximação é recíproca”, disse.

A tesoureira Rosemary Viola Bosch esteve presente em todas as visitas e vê a ação como inovadora e importante no sentido de disponibilizar a Comissão de Educação para assuntos inerentes à pedagogia. “Orientar é uma das funções do Conselho. Este é o início de uma grande parceria”, afirma.

Helenice Spinosa, integrante efetiva da Comissão de Educação, reiterou “a necessidade de ouvir as demandas dos profissionais que se dedicam ao aperfeiçoamento da formação em Medicina Veterinária”.

Orientação e troca

A primeira instituição visitada em 2022 foi a Faculdade Qualittas, localizada na zona sul da Capital, que atua no mercado da Medicina Veterinária desde 2002 oferecendo cursos de atualização, capacitação, aperfeiçoamento e disciplinas de apoio à formação. Atualmente, com o curso de graduação em Medicina Veterinária aprovado pelo Ministério da Educação, aguarda a publicação no Diário Oficial para iniciar as operações. Com isso, a aproximação proposta pelo CRMV-SP é considerada ainda mais positiva.

“Vejo com bons olhos, acho necessário, é uma forma de orientar os coordenadores, estabelecer parâmetros de modernidade, de planejamento. Estando junto, o Conselho de certa forma fará com que as faculdades primem mais pela qualidade, acredito que a partir daí pode haver uma boa troca”, afirma José Carlos Sabino de Almeida Feo, diretor acadêmico da Qualittas.

O diretor-geral da faculdade, Francis Magno Flosi, que foi conselheiro efetivo do CRMV-SP no triênio 1991-1994, pondera que uma aproximação como esta nunca ocorreu e que será muito valiosa para fortalecer a Medicina Veterinária. “É um fator de engrandecimento da profissão para nós médicos-veterinários. Então, todas as faculdades unidas e o Conselho capitaneando essa ideia de junção, de união, de cooperativismo, de colaboração, seria ótimo, faria com que a sociedade realmente enxergasse o valor do médico-veterinário”, enfatiza Flosi.

Construindo pontes

Para Fabio de Almeida Feo, coordenador da Clínica Qualittas, quando uma parte se aproxima da outra, existe uma comunhão. “Como diz o ditado, nós não estamos aqui para cavar abismos, mas para construir pontes. Então, a aproximação com o CRMV-SP é como se fossemos construir pontes, com acesso aos dois lados. É muito importante termos a orientação do Conselho para que possamos fazer tudo de maneira correta e trazer luz para a profissão.”

A segunda visita do CRMV-SP foi ao campus Anchieta da Universidade Paulista (Unip). No mercado desde 1988, a Unip expandiu suas atividades por diversos campi e, em 2001, implantou o campus Anchieta. Atendendo à demanda da região sul da cidade de São Paulo e do Grande ABC, novos cursos foram surgindo, sendo que, atualmente, 30 estão em funcionamento. Além de dois campi na Capital – Anchieta e Indianópolis –, o curso de Medicina Veterinária da Unip conta com unidades em Bauru, Campinas, São José dos Campos e Goiânia.

A coordenadora dos campi Anchieta e Indianópolis, Márcia Cristina Menão, comemora a iniciativa do CRMV-SP. “Essa proximidade é muito boa, pois contar com a orientação do Conselho fará com que possamos realizar os procedimentos de forma mais correta e isso é essencial”, afirma Márcia, avaliando as possíveis parcerias – palestras, eventos, cursos –, como uma forma de proporcionar ao aluno mais segurança, conhecimento e novos contatos.

Educação integrativa

A Faculdade Anclivepa, instituição de ensino criada pela Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais, foi a quarta escola visitada pela comitiva do CRMV-SP. Pioneira em cursos de especialização, passou a oferecer também graduação em Medicina Veterinária.

Com base em uma formação generalista, apesar do foco em animais de companhia, a instituição quer formar profissionais capacitados para atuar em diversas áreas. “O estudante poderá trabalhar com saúde única, meio ambiente, empreendedorismo, equidade social e direitos humanos”, explica a diretora geral da Faculdade Anclivepa, Dilayla Abreu Emperador.

A instituição é responsável por operar dez unidades de hospitais veterinários públicos e gratuitos, localizados na Zona Leste, Norte e Sul de São Paulo, por meio de um convênio com a Prefeitura Municipal. Desde 2012, mais de 700 mil animais já foram atendidos. “Queremos elevar cada vez mais o nível dos nossos serviços à população e aos alunos, e a maior aproximação com o CRMV-SP contribuirá para isso”, disse Wilson Grassi, diretor da Anclivepa.

Na ocasião, os representantes do Conselho também aproveitaram para conhecer as estruturas da Faculdade Alvorada Saúde, instituição de ensino do mesmo grupo e que oferece cursos de Medicina Veterinária e Enfermagem. “Nosso objetivo é trazer uma visão integrada com outras áreas da Saúde, priorizando principalmente a Medicina do Coletivo”, conta Andrea Favero, coordenadora do curso de Medicina Veterinária e diretora geral da Faculdade.

Futuras gerações

Durante visita à quarta instituição de ensino, a Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), foi enaltecida a relevância de uma maior proximidade entre as instituições de ensino superior e os conselhos de classe. “Este encontro mostra a preocupação do CRMV-SP com as futuras gerações de médicos-veterinários e, consequentemente, com a saúde pública”, afirmou o vice-presidente da FMU, Manuel Furriela.

Formando profissionais há 23 anos, o curso de Medicina Veterinária da FMU conta com diversos laboratórios para aulas práticas e hospital veterinário para atendimento à população. Localizado no Morumbi, também oferece aprimoramento profissional.

“Nós sempre recorremos ao CRMV-SP quando necessário e este apoio de caráter educativo e orientador é muito valioso. Os nossos objetivos são os mesmos, que é oferecer uma Medicina Veterinária cada vez melhor”, enfatiza Ana Claudia Balda, coordenadora do curso de Medicina Veterinária da FMU.

Encontro de coordenadores

Além de promover diálogo e aproximação, as visitas às instituições de ensino também visou solidificar o convite aos gestores dos cursos de graduação a participarem do primeiro encontro de coordenadores, organizado pela Comissão Técnica de Educação do CRMV-SP. O evento ocorrerá no dia 29/04, na Capital.

“Queremos ouvir as demandas dos coordenadores, trocar experiências e pensar juntos sobre os critérios que um curso precisa ter para ser de excelência”, acrescenta Fábio Manhoso.

O local e a programação do evento serão divulgados em breve.