Controlar os gastos é o melhor remédio para manter a saúde financeira pessoal

Especialistas orientam como enfrentar os desafios impostos pelo isolamento social
Comunicação CRMV-SP

Além de mudar a rotina, a quarentena impacta nas finanças. Mesmo que muitos profissionais tenham mantido suas atividades e renda, outros tantos tiveram os salários cortados ou foram dispensados. Como manter o orçamento familiar equilibrado nesse cenário adverso? Especialistas alertam que o melhor remédio para a saúde financeira pessoal é o controle de gastos.

De acordo com José Donizete Valentina, presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC-SP), o ideal é priorizar os itens de primeira necessidade. Quem evitar o consumo descontrolado durante o isolamento social, criar uma reserva financeira e controlar gastos no cartão de crédito enfrentará a pós-pandemia com muito mais facilidade.

“O isolamento leva as pessoas a ‘navegarem’ nas redes sociais e as empresas aproveitam esse momento para oferecer seus produtos a preços reduzidos e ‘vantagens’ de pagamentos parcelados, cujo primeiro pagamento ocorra em 90 ou 120 dias. Esse falso atrativo pode causar um nível de endividamento futuro e um desequilíbrio financeiro muito perigoso”, alerta o presidente do CRC-SP.

O consultor financeiro Eduardo Assali Achôa ressalta que só existe uma forma de gerir a vida financeira: deve-se gastar menos do que se ganha e aplicar a diferença, uma regra que poucos conseguem seguir à risca. E, no caso dos médicos-veterinários, que viram cair o movimento em suas clínicas, a prioridade é sobreviver à crise, reduzindo custos e renegociar contratos.

O momento é para entender financeiramente seu negócio. Pare de se basear em ‘achismo’, que não contribui na tomada de decisões

(Eduardo Achôa)

É importante consumir o necessário no bairro onde reside, de forma a fortalecer a economia local e as micros ou pequenas empresas

(José Donizete Valentina)

 Reações à crise

Quando a crise se instala, segundo Achôa, as pessoas têm basicamente três tipos de reação: negar, fugir ou lutar. “A negação é a que pode ter a pior consequência na estrutura financeira de alguém, pois gera a reação de que nada está acontecendo e o caos se instalará. A fuga leva à paralisia, que, com certeza, não ajudará. Lutar é a ordem, buscar informação (gratuitamente, em ‘lives’ e cursos on-line) e orientação sobre o que e como fazer”, enfatiza.

É importante lembrar que crise também traz oportunidades e é imprescindível utilizar-se dos meios necessários para materializá-las. “Vivemos um momento de muita interatividade e empreendedorismo e, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), há a necessidade de se manter uma atitude ativa para buscar obter receitas”, afirma Donizete.

Busque soluções junto ao contador responsável, profissional capaz de sugerir redução de custo dentro de uma perspectiva razoável

(José Donizete Valentina)

É hora de reduzir custos e conscientizar toda a família de que é preciso sobreviver ao período de instabilidade

(Eduardo Achôa)

Planilha é fundamental

Quando o assunto é saúde financeira pessoal, a planilha de custos é apontada como uma das mais eficazes formas de alcançar equilíbrio e manter seus planos e metas de vida. “A planilha de gastos é importantíssima, pois se não sei como gasto meu dinheiro, como saberei onde economizar? O importante é encontrar a ferramenta com a qual se sinta mais confortável, seja planilha, aplicativo, agenda, caderninho”, explica Achôa.

Já o presidente do CRC-SP orienta que controlar a planilha, evitar gastos excessivos e desnecessários, postergar pagamentos que podem ser negociados são procedimentos que devem ser tomados imediatamente. “A manutenção dos planos e metas de vida devem ser repensados. O momento é de acreditar em seu potencial, de se motivar e agir. Ser resiliente é a melhor recomendação”, conclui o presidente do CRC-SP.

Para manter a saúde financeira

O presidente do CRC-SP, Donizete Valentina, que elenca algumas dicas sobre como agir em meio às instabilidades:

– Não se deixe levar pelo desânimo e mantenha o equilíbrio emocional;

– Acredite em seu potencial;

– Seja agregador e positivo;

– Acione sua rede de contatos, inclusive familiar;

– Faça as contas e não tenha medo de negociar ou de buscar recursos;

– Não se isole. Aproveite as oportunidades que a crise proporciona.

O consultor financeiro Eduardo Achôa lista mais algumas orientações básicas de como lidar com as finanças pessoais:

– Gaste dinheiro com experiências e não bens materiais, pois as sensações vividas nestas experiências voltam sempre que forem lembradas ou comentadas;

– Entenda o custo de bens como um carro ou uma casa maior do que necessita e, assim, faça escolhas mais inteligentes;

– Proteja tudo que conquista com seguros, para aqueles quem têm dependentes financeiros, é preciso ter, inclusive, seguro de vida;

– Prepare um fundo de previdência para garantir um padrão de vida razoável quando não quiser, não puder ou não conseguir mais trabalhar;

– Busque orientação na hora de escolher os investimentos.

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