Nos dias 19 e 20/09, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), por meio de sua Comissão Técnica de Medicina Veterinária Legal, ofereceu formação para fiscais e médicos-veterinários da Secretaria de Meio Ambiente de Guarulhos, agentes da Inspetoria de Patrulhamento Ambiental da Guarda Civil Municipal (GCM), além de agentes das guardas municipais das cidades de Arujá, Itararé, Mairiporã e Rio Claro, sobre crimes de maus-tratos a animais.

O curso foi promovido pelo Departamento de Proteção Animal (DPAN) e pela Secretaria para Assuntos de Segurança Pública de Guarulhos. Nos dois dias as palestras foram ministradas pela médica-veterinária Talia Missen Tremori, integrante da Comissão do CRMV-SP, e contaram com a participação da médica-veterinária e diretora do DPAN, Juliana Kopczynski, e do inspetor-geral, engenheiro ambiental e comandante da GCM Ambiental de Guarulhos, Pedro Sarmento.

Segundo Talia, os casos de maus-tratos mais comuns identificados pelos agentes envolvem negligência, como situações de abandono em vias públicas, atropelamentos e fuga; e ausência de bem-estar, que geram desconforto e desnutrição nos animais. “Também não é raro deparar-se com situações de acumulação de animais e rinha de galo”, explica.

Após o encontro, o objetivo será adaptar os protocolos de triagem da GCM e de perícia veterinária do DPAN, em parceria com a Comissão do Regional, através de encontros e discussões para melhorar as fiscalizações e tomadas de decisão envolvendo crimes contra animais, principalmente relacionados a maus-tratos.

Contribuição para com a sociedade

A integrante da Comissão Técnica, Talia Missen, reforça a importância do relacionamento harmônico entre o CRMV-SP e os profissionais que atuam no combate e prevenção de maus-tratos. “As equipes de fiscalização dos municípios devem contar com o suporte médico-veterinário. Desta forma, poderão oferecer um serviço de qualidade à população e coibir qualquer tipo de crimes contra animais”, afirma.

Juliana Kopczynski, diretora do DPAN, diz que estimular o conhecimento e contribuir para que os fiscais e gestores identifiquem situações de maus-tratos traz segurança tanto para a saúde animal quanto humana. “A parceria com o CRMV-SP é primordial, pois leva informações aos agentes que vão estar na linha de frente para atuar com responsabilidade”, frisa.

O presidente do Regional, Odemilson Donizete Mossero, acredita que este tipo de iniciativa fortalece a classe e evidencia as atuações do médico-veterinário. “O aumento das notificações de crimes de maus-tratos, o avanço das legislações e a consciência da sociedade mostram que este tema é de extrema relevância. O segmento necessita de profissionais cada vez mais preparados para atuar com essas demandas”, acredita.