Portaria institui Plano de Gestão de Riscos do CRMV-SP

Ferramenta permite sistematizar práticas para mapear e gerenciar riscos da autarquia
Texto e foto: Comunicação CRMV-SP

O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) disponibiliza no Portal da Transparência seu Plano de Gestão de Riscos, ferramenta que auxiliará no fortalecimento da governança e da qualidade dos serviços prestados aos profissionais e à sociedade pela autarquia. Instituído pela Portaria CRMV-SP no 12/2024, o documento traz informações para que a gestão do Regional tenha melhor gerenciamento de riscos e incertezas.

A gestão de riscos antecipa situações que podem comprometer o desenvolvimento institucional ou o cumprimento de seus objetivos estratégicos, identificando pontos de maior vulnerabilidade e definindo medidas preventivas e, até mesmo, direcionamentos que agreguem valor.

“É um processo de autoavaliação em que são identificadas as forças, fraquezas e oportunidades, de forma a direcionar o planejamento estratégico. Sem a gestão de riscos, pode-se traçar uma estratégia errada ou baseá-la em pilares fracos. É preciso, portanto, essa autoavaliação para que os objetivos estratégicos da instituição sejam atingidos”, afirma Mônica Cristina de Britto Scaglione, controladora interna do CRMV-SP.

Para Emanuel Coelho, coordenador financeiro do CRMV-SP, responsável por iniciar o projeto enquanto atuava como controlador, a gestão de riscos resguarda o Regional também de apontamentos de órgãos de controle, como o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e o Tribunal de Contas da União (TCU). “Tratar os riscos e minimizar os impactos, essa é a proposta da gestão de riscos. Quando se tem um risco mapeado, é possível mudar internamente alguns procedimentos”, declara.

O presidente do CRMV-SP, Odemilson Donizete Mossero, destaca que a gestão de riscos é ferramenta primordial para a efetivação do planejamento estratégico. “A alta administração possui grande responsabilidade e, com o mapeamento dos riscos, é possível estar mais preparado para mitigar os problemas, por meio de estratégias anteriormente pensadas.”

A implementação da gestão de riscos do CRMV-SP está sendo realizada em etapas, com a liderança da controladoria interna e a participação ativa das diferentes áreas da organização.

Entenda as etapas e aspectos mais importantes sobre a gestão de riscos do CRMV-SP:

1. Identificação de riscos:

Em 2021, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) estabeleceu a política de gestão de riscos no âmbito do Sistema CFMV/CRMVs, publicando a Resolução CFMV nº 1.416/2021. A normativa é baseada nas determinações do Manual de Gestão de Riscos do TCU, que utiliza o método da ABNT NBR ISO 31000.

Com base nessa metodologia, foram mapeados 80 riscos divididos em 264 sub-riscos, em três eixos (conformidade, estratégico e operacional). Cada sub-risco foi avaliado quanto à sua probabilidade de ocorrência e impacto potencial, resultando na classificação de 106 como riscos muito baixos, 57 riscos baixos, 77 riscos médios e 24 riscos altos.

“A controladoria do CFMV apresentou a parte conceitual e os principais riscos que foram apurados em levantamento feito em auditorias realizadas nos últimos 20 anos nos Regionais, identificando os 80 riscos e 264 sub-riscos financeiros, legais, estratégicos e de segurança. Participei em maio de 2022 de oficina em Belo Horizonte, que abarcou os regionais do Sul e Sudeste, e em que pudemos fazer um trabalho prático de avaliação dos riscos e aplicação em cada Regional”, relata Coelho.

2. Avaliação de Riscos:

Considerando a aprovação e publicação da Resolução CFMV nº 1.416/2021 e a necessidade de sistematizar a gestão de riscos, foi criado em 2022 o Comitê de Gestão de Riscos do CRMV-SP com o objetivo de analisar os riscos mapeados sob a ótica de sua aplicação no Regional e elaborar o Plano de Gestão de Riscos.

Como sugerido pelo CFMV, o comitê é liderado por um integrante da Diretoria Executiva, a tesoureira Rosemary Viola Bosch, e tem como integrantes a controladora interna, além de coordenadores e gestores do Regional.

Foram realizadas reuniões para verificar quais riscos eram pertencentes a cada área, e também quais eram compartilhados com mais de uma área, incumbido os gestores de avaliarem se os riscos e sub-riscos elencados se aplicavam ao Regional. “Alguns itens não se aplicavam e foram retirados do mapeamento e outros foram incluídos. O trabalho foi feito de uma forma muito personalizada, mas no geral o trabalho feito pelo Federal já estava bem completo”, afirma a controladora interna do CRMV-SP.

3. Controle e mitigação:

A partir de 2023, a controladoria interna auxiliou os gestores para que estabelecessem medidas de prevenção, controle e eliminação dos riscos identificados. “Foi um trabalho que durou meses. Não foi fácil, porque é preciso tirar um tempo da rotina, parar, verificar com os colaboradores os riscos que são aplicáveis e quais são as soluções. Conversando com cada gestor, conseguimos concluir o trabalho”, relata Mônica.

As informações foram consolidadas pela controladoria do CRMV-SP e pelo Comitê de Gestão de Riscos e, posteriormente, apresentadas para o presidente do Regional e para o Plenário. O documento com o Plano de Gestão de Riscos do CRMV-SP servirá de suporte para o planejamento estratégico, subsidiando decisões nas diferentes áreas e investimentos necessários em pessoal, equipamentos, políticas e processos.

4. Monitoramento contínuo:

O Plano de Gestão de Riscos é uma ferramenta que precisa ser revista de forma cíclica, pois se trata de um processo contínuo de monitoramento, revisão de estratégias e ajuste das medidas conforme necessário. No CRMV-SP, a reavaliação do plano ocorrerá a cada seis meses e o objetivo é eliminar os riscos altos o mais breve possível.

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Acesse o Relatório de Gestão de 2023 do CRMV-SP.

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