Presença feminina é marcante também na Zootecnia

Nos últimos dez anos, o número de mulheres zootecnistas registradas no Estado de São Paulo cresceu 63,7%
Texto: Comunicação CRMV-SP
Foto: Pexels

Embora elas não sejam maioria na Zootecnia – representando 36% do total de profissionais registrados no Estado de São Paulo e, 31%, no Brasil –, nos últimos dez anos as mulheres se mostram mais presentes: o número de registradas no Estado cresceu 63,7%, enquanto o de homens subiu 34%. Já no âmbito nacional, de 2009 a 2019, o total de profissionais do sexo feminino registrado aumentou 126%.

Nesse universo ainda predominantemente masculino, a Profa. Dra. Telma Teresinha Berchielli se formou em Zootecnia, em 1983, contrariando sua família, que residia em Jaboticabal, no interior de São Paulo.

“Entrei na faculdade e, no mesmo período, passei em um concurso para trabalhar no então Banespa, em São Paulo. Contra tudo e todos, escolhi a graduação. Minha mãe ficou inconformada”, conta ela

Hoje, mestra em Zootecnia, doutora em Ciência Animal, professora titular e pró-reitora de pós-graduação da Universidade Estadual Paulista (Unesp), conquistou essa formação, enquanto criava dois filhos.

Referência nacional

Telma trabalhou em diversos segmentos – com bicho da seda e com aves, por exemplo –, mas já, em 1980, havia identificado que se atraía mais pela área de nutrição de ruminantes, assunto no qual se tornou uma referência nacional. É uma das autoras do livro “Nutrição de Ruminantes”, lançado em 2006, que já teve 10 mil exemplares impressos e foi adotado por universidades.

Cabe ressaltar que a zootecnista atrelou sua área predileta de atuação à docência. “Tomei gosto pela carreira acadêmica, pois nela estamos sempre estudando e podemos contribuir com a formação de outros profissionais”, comenta Telma, que também trabalhou na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Conquista

Para trilhar esse caminho Telma conta que precisou “convencer as pessoas de que era capaz”. Isso porque não foram poucas as vezes em que desacreditaram de sua competência profissional apenas pelo fato de ser mulher. “Uma vez, o pai de um aluno riu quando soube que eu era a professora, mas não me intimidei.”

E se perguntarmos para ela, hoje, o que é a Zootecnia, sua resposta está na ponta da língua: “é o que me fez vencer na vida”, enfatiza a zootecnista.

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