Segunda fase da vacinação contra aftosa acontece em novembro

Medidas de defesa e de vigilância sanitária são determinantes para a possível erradicação da doença em 2026
Texto: Comunicação CRMV-SP
Foto: Freepik

A segunda etapa do calendário nacional de vacinação contra a febre aftosa será realizada durante todo o mês de novembro. Na primeira fase, que ocorreu em maio, foram imunizados mais 196 milhões de bovinos e bubalinos de todas as idades no Brasil, uma cobertura de 98%. Desta vez, a maioria dos estados, como São Paulo, promoverá a imunização de bovinos e bubalinos com idade até 24 meses.

A ação faz parte do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa), que prevê a erradicação da doença em 2026, com o reconhecimento internacional do Brasil como sendo livre de febre aftosa sem vacinação.

“Manter a vacinação dos rebanhos nos estados, conforme programado, continua sendo fundamental, sendo extremamente importante como uma das ferramentas que sustentam o Pnefa e os programas estaduais”, afirma o médico-veterinário Odemilson Donizete Mossero, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) e integrante da Comissão Técnica de Saúde Animal (CTSA) do Regional.

Fazendo um panorama dos esforços já realizados em 2019, segundo Mossero, pode-se dizer que o Brasil vem cumprindo a meta de vacinação, apesar das dificuldades de alguns estados que precisam melhorar sua estrutura operacional e investir mais em número de médicos-veterinários e auxiliares.

Estado livre de aftosa

Atualmente apenas o estado de Santa Catarina é considerado zona livre da febre aftosa sem vacinação. Entretanto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou recentemente instrução normativa suspendendo também a vacinação no Paraná. A retirada da vacina significa que não há casos da doença registrados no território.

O ministério fará o monitoramento para avaliar a atuação dos postos de fiscalização nas divisas e depois reconhecerá nacionalmente o Estado como área livre da febre aftosa sem vacinação. No Paraná, além da contratação de médicos veterinários e técnicos para atuação na vigilância epidemiológica, será construído posto de fiscalização agropecuária na divisa com São Paulo, que atingiu cobertura vacinal de 95%.

Panorama brasileiro

Para a médica-veterinária Liria Hiromi Okuda, pesquisadora responsável pelo Laboratório de Viroses do Instituto Biológico, a vacina contra a febre aftosa foi fundamental para o avanço do controle da doença no País. “O fato do Brasil ter sido dividido em circuitos pecuários promoveu as vacinações estratégicas entre os diferentes estados, garantindo ampla cobertura vacinal nos rebanhos e diminuindo a circulação viral ao longo do tempo”, explica.

“Desde a implantação da vacinação obrigatória no Brasil, houve diminuição significativa da ocorrência de febre aftosa de mais de 2.000 focos, até meados de 1990, para casos esporádicos a partir da década seguinte, verificando-se, atualmente, extensas áreas sem registro há muitos anos”, afirma a médica-veterinária Margareth Elide Genovez, presidente da Comissão Técnica de Saúde Animal (CTSA) do CRMV-SP.

Serviço

Segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa

Período: novembro de 2019 (1º a 30)

Vacinação de bovinos e bubalinos de todas as idades: AC, ES, PR e RR.

Vacinação de bovinos e bubalinos com até 24 meses: AL, AM, BA, CE, DF, GO, MA, MT, MS, MG, PA, PB, PE, PI, RJ, RN, RS, RO (outubro e novembro), SP, SE e TO.

 

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