Setor leiteiro nacional tem potencial ainda inexplorado

Em 2019, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, as exportações somaram 22,5 mil toneladas de produtos lácteos, aumento de 10,4% frente ao mesmo período de 2018
Comunicação CRMV-SP

Os números que envolvem a cadeia produtiva do leite mostram a importância do setor no Brasil. De acordo com o “Anuário do Leite 2019”, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o leite é produzido em 99% das cidades brasileiras, com 1,3 milhão de produtores e cerca de duas mil indústrias de laticínios legalizadas.

Somente em 2018, segundo a Embrapa Gado de Leite, foram produzidos 33,8 milhões de litros, sendo 70% da produção total, cerca de 24,4 milhões de litros, inspecionada e comercializada pela indústria. Em 2019, estima-se que o setor tenha fechado com crescimento de 2,5%.

Com o mercado interno em crescimento, as exportações brasileiras se destacam com a abertura do mercado chinês e egípcio, no último ano. Em 2019, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, as exportações somaram 22,5 mil toneladas de produtos lácteos, aumento de 10,4% frente ao mesmo período de 2018. Isso se deve ao incremento nos embarques de leite fluído, manteiga e creme de leite. As importações tiveram volume 7,2% menor.

A força dos pequenos

Para o médico-veterinário Ricardo Calil, presidente da Comissão Técnica de Alimentos (CTA) do CRMV-SP, a cadeia precisa receber uma atenção especial em todos os âmbitos, de forma a concretizar o potencial que o Brasil tem para ser um grande exportador do leite. “Precisamos incentivar os programas de cooperativismo e a pasteurização do leite para a sustentação dos pequenos produtores.”

“No dia Mundial do Leite, temos que bater palmas e agradecer a todos os produtores, em especial os pequenos, que se esforçam, acordando cedo e trabalhando diariamente para garantir o leite e seus subprodutos na mesa do consumidor. E para isso, contem com os médicos-veterinários e zootecnistas sempre”, enfatiza o presidente do CRMV-SP.

Produção de leite A2A2

Pesquisas iniciadas, em 2014, no Instituto de Zootecnia (IZ), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, apontam para a possibilidade do leite A2A2, em breve, integrar a lista de produtos de origem animal do mercado brasileiro.

O trabalho de genética resultou em um rebanho de 100 vacas portadoras do gene que leva os animais a produzirem o leite contendo a beta-caseina A2, que reduz riscos de problemas coronarianos, alergias e síndrome da intolerância ao leite.

Vantagens brasileira

Ainda que no exterior as pesquisas sobre o leite A2A2 tenham sido iniciadas muito antes, em 2000, o Brasil se destaca pela característica majoritária de seu gado.

“A vantagem é que no País predomina no rebanho leiteiro as raças Gir e Girolando, cuja prevalência do gene é de 80%, enquanto em outros países predomina o holandês, que tem incidência de 50% do gene”, afirma o zootecnista Enilson Geraldo Ribeiro, pesquisador do IZ.

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