Animais domésticos podem transmitir leptospirose

Nas últimas semanas, o Estado de São Paulo tem sofrido com as chuvas típicas do verão, responsáveis por enchentes e alagamentos em diversas cidades. As autoridades chamam a atenção para a água das enxurradas, muitas vezes contaminada com urina de rato, principal transmissora da leptospirose. Apesar de não fazerem parte das estatísticas, os animais de companhia podem ser afetados pela doença e ainda transmiti-la.

“Os roedores são reservatórios da doença, ou seja, possuem a Leptospira, mas não ficam doentes. Eles se alimentam de restos de comida, rações ou mesmo de fezes de animais e podem deixar sua urina nestes locais, favorecendo a contaminação dos bichos de estimação”, explica o veterinário e diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care, Marcelo Quinzani.

O veterinário diz que o contágio acontece quando a bactéria entra em contato com a mucosa ou pele com ferimentos. “O animal doente também passa a eliminar a bactéria pela urina. Assim, o contato com essa urina, água contaminada, utensílios contaminados ou sangue do animal doente pode transmitir a doença a humanos e a outros cães.”

Sintomas e prevenção

Os primeiros sintomas da doença são febre, depressão, perda do apetite, vômito, desidratação, mucosas congestas, icterícia, urina escura e dor renal ou muscular. “Na evolução da doença, observa-se insuficiência renal, insuficiência hepática, hemorragias, lesões na pele e hematomas pelo corpo, úlceras na boca e língua e, em casos raros, necrose na ponta da língua”, explica Quinzani.

O veterinário alerta que ao notar esses sintomas em cães e gatos, mesmo que eles não tenham tido contato com água de alagamento ou enchentes, é preciso procurar imediatamente um veterinário e isolar outros pets da casa. “Se o animal realmente estiver doente e não receber o tratamento adequado, certamente virá á óbito. Em caso de confirmação da doença, a família deve também procurar orientação com um infectologista sobre os cuidados e exames necessários para as pessoas que tiveram contato com esse animal”, diz

Para o diretor clínico, as medidas preventivas são simples e incluem cuidados com a saúde, a alimentação e o ambiente em que o animal vive. A imunização anual ou semestral dos cães está no topo da lista de providências a serem tomadas.

“O mercado disponibiliza várias opções de vacina que incluem a proteção contra a doença, conhecidas normalmente como V8 e V10. Além da leptospirose, a V8 previne cinomose, hepatite infecciosa, adenovirus 2, parainfluenza, parvovirose e coronavirose. A V10 possui também antígenos contra mais dois tipos de leptospirose”, esclarece.

Segundo Quinzani, alimentar o animal em horários determinados, não deixando a ração à vontade e retirando os restos depois que o animal terminar a refeição, é outra dica importante, pois os restos de alimento atraem roedores. Lavar o ambiente dos cães com cloro, evitar acúmulo de lixo e restos de comida, não permitir o acúmulo de água parada ou ambientes úmidos, e fechar buracos entre telhas e rodapés também auxiliam no controle de roedores.

Fonte: Pet Mag (acessado em 14/01/11)

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