Dia Mundial do Meio Ambiente mobiliza agenda global de iniciativas multisetoriais

Há cinco décadas a Declaração de Estocolmo lançou a semente de reflexão sobre a unicidade da vida na Terra e o impacto que cada movimento gera no todo
Texto: Comunicação CRMV-SP/ Foto: Pexels

A relevância de cada indivíduo que compõe a teia da vida, fortalecida após os períodos mais críticos da pandemia de Covid-19, está no centro dos debates que permearam as reflexões no Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no domingo (05/06), e programações da Semana do Meio Ambiente 2022. A campanha desse ano, intitulada “Uma só Terra”, resgata o ideal de uma sociedade integrativa exaltado há 50 anos durante a primeira Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Meio Ambiente, em Estocolmo.

Após cinco décadas da proposta de uma nova era de cooperação global a partir da criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a edição de 2022 expõe a gravidade dos impactos da crise climática, reforçando o conceito de saúde e bem-estar únicos. A proposta da agenda global visa à estabilidade desta interdependência por meio de parcerias e adaptações às necessidades comuns a todos os seres vivos (seres humanos, animais e meio ambiente).

Além de priorizar as ações estratégicas e econômicas de preservação ambiental, a campanha “Uma só Terra” estimula a mudança de paradigma sobre o conceito de sustentabilidade. Em um relatório intitulado ‘Fazer as pazes com a Natureza’, divulgado pelo Pnuma no início de 2021, pesquisadores reuniram dados que expressam a urgência de mudanças culturais baseadas na educação e comportamento de consumo.

No universo há bilhões de galáxias,

                     Na nossa galáxia há bilhões de planetas,

                     Mas temos Uma Só Terra.

Diante da demanda por soluções de saúde e bem-estar únicas, a presidente da Comissão Técnica de Saúde Ambiental do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), Elma Polegato, reforça que o cenário exige estímulo também a uma prática profissional pautada não apenas em conhecimento técnico, mas em empatia, valores éticos e proatividade para enfrentar os desafios impostos pela economia cíclica e dusruptiva.

“A Medicina Veterinária e a Zootecnia são fundamentais para auxiliar a sociedade no processo de degeneração dos danos causados ao meio ambiente. Não tem sido fácil. É necessária e essencial a atualização da grade curricular para que todos possam atuar sob a ótica da Saúde Única e do desenvolvimento sustentável”, afirma Elma.

Papel dos profissionais

Uma das maneiras para iniciar um movimento de renovação educacional, destaca a presidente da Comissão Técnica de Saúde Ambiental do CRMV-SP, é adequar as grades curriculares às Políticas Nacionais de Meio Ambiente e de Saúde Ambiental do Ministério da Saúde, e à Política Agropecuária, além de preparar médicos-veterinários e zootecnistas para assumirem o protagonismo da Agenda Ambiental 2030, da qual o Brasil é signatário, com os seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Ao observar a conexão da Medicina Veterinária e da Zootecnia com a preservação ambiental fica mais evidente a importância das profissões para o desenvolvimento sustentável global e a promoção da Saúde Única, afinal o conceito representa uma união indissociável entre a saúde animal, humana e ambiental.

Cotidiano sustentável

Para a presidente da Comissão de Saúde Ambiental do CRMV-SP, os profissionais precisam estar conscientes de que atualmente não se pode falar em prestação de serviços com qualidade sem considerar as questões ambientais. “O uso correto de equipamentos de proteção individual pela equipe durante os procedimentos, assim como o manejo adequado dos resíduos gerados são alguns dos exemplos de inserção de boas-práticas ambientais no cotidiano dos profissionais”, ressalta.

Ainda como exemplo de iniciativa prática que cada profissional pode desenvolver em sua respectiva área, Elma Polegato cita o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde Animal Simplificado (PGRSSA) elaborado pela Comissão do CRMV-SP e o impacto positivo que o conteúdo de orientação pode ter.

“Quando preenchido corretamente, o PGRSSA mostra a realidade da produção de resíduos num estabelecimento, colaborando para a redução e o encaminhamento correto para reutilização, aproveitamento energético ou outra destinação conforme preconizado na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010)”

 Para saber mais

“Fazer as Pazes com a Natureza: Um Plano Científico para Enfrentar as Emergências do Clima, da Biodiversidade e da Poluição” é o primeiro relatório de síntese do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e se baseia em evidências de avaliações ambientais globais.

Com o intuito de traduzir o conhecimento científico em mensagens factuais claras e de fácil compreensão, o relatório sugere como a mudança climática, a perda da biodiversidade e a poluição podem ser enfrentadas conjuntamente dentro da estrutura da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, proposta pela ONU.

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