Maior parte das doenças que representam um risco global são zoonoses

OMS divulga lista com oito doenças, incluindo a zika, que devem estar no centro das pesquisas para o desenvolvimento de tratamentos e vacinas
Texto: Veja.com (adaptado pela Comunicação CRMV-SP)
Foto: Pixabay

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou na quarta-feira (14/03), a lista de doenças que devem estar no centro das pesquisas devido ao alto risco de causarem emergências de saúde pública e ausência de medidas suficientes para contê-las. O relatório faz parte de uma revisão periódica da organização.

No trabalho, são identificadas doenças que necessitam de esforços de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para a produção de tratamentos e vacinas com objetivo de ajudar a controlar possíveis surtos. Entretanto, o trabalho não indica as causas mais prováveis de uma próxima epidemia.

A primeira lista com doenças prioritárias para P&D foi lançada, em 2015. Desde então, foi revistada, em 2017, e entre 6 e 7 de fevereiro de 2018. Uma delas é a doença X, que tem esse nome porque se trata apenas de uma hipótese e está na lista para alertar os cientistas sobre a necessidade de estarem preparados para enfrentar o desconhecido.

De acordo com a OMS, ela representa a consciência de que um agente patógeno, atualmente desconhecido, pode causar uma epidemia internacional grave. “A experiência nos ensinou que seremos atingidos por algo que não previmos”, afirma o médico Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, lembrando que isso que ocorreu com os vírus zika e ebola.

América Latina

Umas das zoonoses listadas pela OMS que pode representar risco global de saúde tem especial incidência na América Latina, sobretudo no Brasil, é a doença provocada pelo vírus zika, transmitido principalmente pelos mosquitos do gênero Aedes aegypti, que provocam também a dengue e a chikungunya.

África

O vírus ebola já gerou diversos alertas sanitários globais, sua taxa de mortalidade gira em torno de 50%. Primeiros surtos foram registrados em vilarejos da África Central e Ocidental. Já no caso do vírus de Marburg, uma espécie de morcego atua como hospedeiro e o transmite para as pessoas. É endêmico na África Equatorial, onde aconteceram os surtos mais recentes.

 A febre de Lassa, doença hemorrágica aguda da África Ocidental, é causada por um vírus transmitido pelo contato com alimentos ou utensílios contaminados ou pelo excremento de roedores. A febre do Vale Rift, que teve surtos na África Subsaariana, tem maior incidência entre animais. Humanos são infectados pelo contato com sangue e órgãos de animais e, às vezes, por picadas de mosquitos.

 Ásia e Balcãs

Transmitido por morcegos, o vírus Nipah apareceu, pela primeira vez, em Kampung Sungai Nipah (Malásia). Em 2004, o vírus infectou várias pessoas após terem tomado suco fresco de tâmaras, contaminadas por morcegos frutívoros. E a Síndrome respiratória por coronavírus do Oriente Médio foi detectado, pela primeira vez, em 2012, na Arábia Saudita.

Enfermidade endêmica na Ásia, zona europeia dos Balcãs e também na África, a febre hemorrágica da Crimeia-Congo tem como principais vetores de transmissão ao ser humano são carrapatos e gado. Entre humanos, o contágio é possível pelo contato com sangue e outros líquidos corporais dos infectados.

Relacionadas

Foto: AdobeStock
A foto mostra um cão branco. Ele está no chão, de frente. Ao fundo, há vegetação verde, desfocada.
Na imagem há três pessoas, entre elas apenas uma mulher. Eles posam ao lado de um painel da 17ª Conferência Nacional de Saúde, com os dizeres
Imagem mostra uma família com mãe, pai e duas crianças. Em volta dela há um círculo com alguns animais e as palavras 6 de julho, dia mundial de combate às zoonoses.

Mais Lidas

Diagnóstico por imagem é uma das especialidades reconhecidas pelo CFMV
Crédito: Acervo CRMV-SP
Notebook com a tela inicial da Solução Integrada de Gestão do CRMV-SP (SIG CRMV-SP)
Responsável técnico é a figura central que responde ética, legal e tecnicamente pelos atos profissionais da empresa
Crédito: Freepik
Em São Paulo, a primeira instituição destinada ao ensino da Veterinária teve origem no Instituto de Veterinária, nas dependências do Instituto Butantan, no ano de 1919 Crédito da foto: Acervo Histórico/FMVZ-USP

Contato

(11) 5908 4799

Sede CRMV-SP 

Endereço: Rua Apeninos, 1.088 – Paraíso – CEP: 04104-021
Cidade: São Paulo

Newsletter

Todos os direitos reservados ao Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo – CNPJ: 50.052.885/0001-40