Vacinação contra febre aftosa em São Paulo é prevista até 2021

Médico-veterinário é estratégico para suspensão da imunização e reconhecimento do Estado como livre de aftosa sem vacina
Comunicação CRMV-SP (com informações da equipe técnica da CDA/SAA-SP)

O estado de São Paulo se prepara para a retirada da vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa, prevista para ocorrer após a imunização de maio de 2021. Neste contexto, para a eficiência da manutenção das vacinações até lá e a conquista do reconhecimento de estado livre da doença sem vacinação, o médico-veterinário tem uma missão.

O profissional é peça-chave nas ações em âmbito municipal, estadual e nacional, com o envolvimento do Serviço Veterinário Oficial (SVO) e os setores público e privado, necessárias para que a suspensão gradual da vacinação em todo País ocorra conforme previsto pelo Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA)

Lembrando que o PNEFA está alinhado também às diretrizes do Código Sanitário para os Animais Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e ao Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA).

“É imprescindível, além de incrementar as atividades que envolvem a vigilância para essa enfermidade, manter aquelas que vêm sendo realizadas satisfatoriamente, tendo em vista que alcançamos índices de vacinação maiores que 90% há mais de 15 anos”, comenta o gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, Adriano Macedo Debiazzi.

Novos mercados

 São Paulo teve o combate à doença iniciado na década de 1970 e alcançou o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como Estado livre da febre aftosa com vacinação, com último foco da zoonose em 1996.

Para o vice-presidente do CRMV-SP, Odemilson Donizete Mossero, “a conquista do status de país livre sem vacinação permitirá o acesso dos produtos nacionais aos maiores e mais exigentes mercados existentes, ampliando-se as chances de negociação e o valor final agregado”.

Há mais de 15 anos, o estado de São Paulo alcançou índices de vacinação de bovinos e bubalinos maiores de 90%

Vigilância veterinária

A febre aftosa se caracteriza nos animais por febre e vesículas, que evoluem para erosões na boca, narinas, focinho, patas ou tetas. Os sinais clínicos típicos incluem depressão, anorexia, salivação excessiva, descarga nasal serosa, diminuição da produção de leite, claudicação e resistência a movimentar-se.

Para a equipe técnica da Coordenadoria de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (CDA/SAA-SP), com a perspectiva da retirada da vacina, a vigilância veterinária para doenças vesiculares passa a ter papel mais relevante para a detecção precoce em caso de reingresso da doença em São Paulo, já que a enfermidade é altamente contagiosa e pode acometer criações inteiras de bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos.

Atenção redobrada

Além da manutenção do status sanitário, a detecção precoce é essencial para a redução de riscos e impactos socioeconômicos a produtores, empresários e famílias rurais, com prejuízos que podem ir desde a redução nos preços até a suspensão das exportações para alguns países.

Em caso de atendimento a animais que apresentem alterações clínicas semelhantes às da febre aftosa, os médicos-veterinários devem estar atentos e preparados para reconhecer os principais sinais clínicos e notificar casos suspeitos ao Serviço Veterinário Oficial.

Serviço:

As notificações de casos suspeitos podem ser feita por meio das Unidades da Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo ( https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/enderecos/) ou do Sisbravet (http://sistemasweb.agricultura.gov.br/sisbravet/manterNotificacao!abrirFormInternet.action).

 

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Página dedicada à febre aftosa – CDA/SAA-SP

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