Cenário futuro projeta alta na produção agropecuária brasileira

Mesmo em meio à pandemia de Covid-19, Mapa aponta crescimento de 7% na produção em comparação ao ano passado
Apex/CRMV-SP

No que se refere à esfera econômica da cadeia produtiva bovina, o médico-veterinário Fábio Alexandre Paarmann, membro da Comissão de Saúde Animal do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), ressalta que foram aprovadas prorrogações de prazos para pagamento de financiamentos em vigor, linhas de crédito para estocagem e comercialização, além de suporte aos pequenos e médios produtores.

A expectativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é de que o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), em 2020, está estimado em R$ 689,97 bilhões, valor 7% maior do que no ano anterior.

A Pecuária deve ter o segundo ano consecutivo de bons resultados, com crescimento previsto de 6,7%, sendo as projeções de crescimento impulsionadas, principalmente, pela produção de carne bovina, cujos preços estão 13,2% acima da média.

Para a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), ainda em meio ao cenário incerto, a produção de carne bovina deve crescer 2,5%, em 2020, mesmo com a recomposição do rebanho, e confirma que não há risco de desabastecimento para o mercado nacional, projetando para este ano, no Brasil, cerca de 99,5 kg per capita de carne (bovina, suína e frango), contra 38,1 kg per capita para a população mundial.

Desafio do setor

Apesar do cenário positivo, é preciso atenção com relação ao abate clandestino, mesmo em grandes centros. “Para a carne que será consumida internamente, a fiscalização ainda é deficitária. Para a exportação, é mais rígida e está nos padrões”, avalia o médico-veterinário Ricardo Calil, presidente da Comissão Técnica de Alimentos do CRMV-SP.

Segundo dados da Abiec, há 30 anos, 50% da carne bovina produzida no Brasil era de origem não fiscalizada (abate clandestino, sem controle sanitário, sonegada e produzida para consumo nas próprias fazendas). Hoje, é de 20%. Por conta disso, a vigilância de doenças ainda é um dos maiores desafios do setor com relação ao mercado interno.

Trabalho árduo

A fiscalização da carne bovina para consumo interno tem um longo caminho, mas profissionais da Medicina Veterinária, Zootecnia, entre outros, estão lutando, junto aos órgãos competentes, para ter um rebanho de boa qualidade e produto final de excelência para o consumidor.

Paarmann ressalta que não é algo simples e que depende de muitos fatores, “como profissionais com capacidade para investigar e diagnosticar enfermidades; disponibilidade de exames laboratoriais com local e custo acessíveis, adequado tempo de resposta; um fluxo eficiente de informações para os órgãos competentes, entre outros.”

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