Cuidados com cães e gatos durante o inverno devem ser baseados nas características dos pets

Médicos-veterinários alertam sobre a importância do bom senso para garantir o bem-estar do animal na estação mais fria do ano
Texto: Comunicação CRMV-SP
Foto: Adobe Stock

Começa hoje o inverno e para manter o conforto térmico dos pets é preciso levar em conta as características físicas e comportamentais de cada animal, além do ambiente em que vivem. Médicos-veterinários frisam que o mais importante é respeitar as necessidades de bem-estar de cães e gatos e prevenir problemas de saúde durante esse período do ano.

O médico-veterinário Carlos Augusto Donini, conselheiro do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), explica que, de forma geral, as estruturas da pele de cães e gatos são preparadas para enfrentar alterações climáticas. Há especificidades de cada raça, idade e estado de saúde e nutricional, mas o estresse térmico nesses animais começa entre oito e 10 graus de temperatura.

“Portanto, não podemos submeter o animal a manejos apenas com base na simples analogia àquilo que nos faz bem”, afirma Donini, referindo-se à humanização dos pets, cada vez mais frequente e que interfere negativamente na condição natural do animal.

No quintal

O conselheiro do CRMV-SP esclarece que, no caso de animais que permanecem em varandas ou quintais, sejam cães ou gatos, é preciso disponibilizar espaço com proteção contra vento, chuva, sereno e isolamento da temperatura do chão, uma vez que a exposição a essas condições pode interferir no sistema imunológico do animal, deixando sua saúde mais vulnerável.

Para criar esse ambiente protegido é possível apostar em pisos elevados, casinhas e nichos. Tecidos, como mantas ou cobertores, podem ser utilizados. “Entretanto, devem ser mantidos sempre limpos e secos para evitar doenças causadas por ectoparasitas.”

Dentro de casa…

Já para os pets que ficam dentro de casa, Donini afirma que os ambientes internos convencionais são suficientes para manter o conforto térmico do animal, desde que ele não esteja tosado.

O médico-veterinário Rodrigo Mainardi, presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP, concorda e ainda argumenta que “a pelagem tem função importante para o funcionamento normal do corpo no que diz respeito às alterações de temperaturas.” A indicação é espaçar a periodicidade do banho e suspender tosas em períodos mais frios.

Roupas podem trazer mais problemas do que conforto

Independentemente do ambiente, Donini considera contraindicado o uso de roupas. Isso porque a maioria dos cães e, principalmente os gatos, rejeita este acessório por se sentirem “amarrados”. “O uso de roupas está mais ligado ao fator estético do que fisiológico, não é um procedimento natural às espécies”, argumenta o médico-veterinário.

Mainardi concorda que há essa rejeição dos pets às roupas, mas comenta que elas podem ser um recurso interessante em casos específicos de animais que demonstram sentir muito mais frio que os demais e que não demonstram mal-estar ao serem vestidos com a peça.

Orientação é para que o tutor consulte o médico-veterinário do pet sobre medidas referentes à saúde, comportamento e acomodação

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