Dia da Suinocultura é celebrado com aumento no consumo e exportações

Mais conscientes em relação à qualidade da carne de porco, brasileiros estão levando mais derivados dos suínos para a mesa
Texto: Assessoria de Imprensa CRMV-SP / Foto: Pixaby

Apesar de ser a carne mais consumida do mundo, no Brasil a proteína do porco foi por muito tempo vista com preconceito. A boa notícia é que este conceito está mudando e a proteína está fazendo parte da alimentação dos brasileiros.

De julho de 2020 a janeiro deste ano, as compras de carne suína nos supermercados brasileiros cresceram 80%, aponta a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). “O brasileiro está cada vez mais ciente da qualidade da proteína suína e do quanto ela é saudável”, avalia o médico-veterinário Odemilson Donizete Mossero, presidente eleito do CRMV-SP e presidente da Comissão de Saúde Animal do Regional.

O Brasil é o quarto principal país produtor de carne suína do mundo e o envio aos mercados externos chegou a somar 351,8 mil toneladas entre janeiro e abril de 2021. O resultado equivale a uma alta de 25,3% em relação ao mesmo período do ano passado, conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

O zootecnista Celso Carrer, presidente da Comissão de Zootecnia e Ensino do CRMV-SP, lembra que o bom momento nas exportações também foi alavancado pela forte demanda na China. “O país ainda se recupera dos episódios sanitários que levaram ao abate de grande parte de seu rebanho e aos preços competitivos da carne suína com base na desvalorização do real frente às moedas fortes”, explica.

Cadeia produtiva

Celso Carrer destaca o aumento da profissionalização do setor, o uso de tecnologias de produção e gestão na criação, o acompanhamento dos processos sanitários, o melhoramento genético e da nutrição e, sobretudo, pela consolidação da produção brasileira de grãos (milho e soja).

Segundo o zootecnista do CRMV-SP, os dois últimos são os principais insumos e representam a maior parte da competitividade dos preços no mercado. “Todos esses fatores, combinados com a subida dos preços relativos da carne bovina, levaram a uma situação de vantagens competitivas, tornando o Brasil um dos principais exportadores de carne suína”, diz.

Biossegurança

O trabalho realizado pelo setor de suinocultura foi fundamental para o segmento se manter em equilíbrio nos últimos 18 meses, como as medidas de biossegurança preventivas para evitar a propagação de agentes etiológicos, seja de vírus ou bactéria, dentro de um plantel, ou para que esses agentes indesejáveis não entrem.

 “As grandes lideranças do setor produtivo da suinocultura também participaram ativamente desse processo e estão seguindo as orientações”, avalia Mossero.

Novas tecnologias

Dentro das medidas de segurança, vale destacar o cuidado que o setor tem com a importação genética de matrizes, que passam por quarentena na estação de Cananéia, uma base física do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com o setor da suinocultura.

“Nesse isolamento, os animais são submetidos a testes, prevenindo o País de possíveis riscos sanitários por meio de um controle rigoroso. Esse é um exemplo de parceria positiva no segmento do agronegócio, que tem a participação dos médicos-veterinários acompanhando todo esse processo do controle sanitário”, afirma o médico-veterinário.

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