Função de fiscal agropecuário requer flexibilidade e atualização constante

Profissionais estão na linha de frente, em meio à pandemia, para garantir que alimentos e medicamentos abasteçam o comércio e cheguem è mesa do consumidor com segurança
Comunicação CRMV-SP

Na atividade há 13 anos, o fiscal agropecuário no Serviço de Saúde Animal do Mapa, em São Paulo, o médico-veterinário Fábio Alexandre Paarmann, integrante da Comissão Técnica de Saúde Animal (CTSA), Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), migrou da clínica de pequenos animais para a carreira e considera que na área encontrou nova oportunidade e motivação para seguir se sentindo útil à sociedade.

Ao invés de lidar com os pets e ajudar a evitar doenças que podem ser transmitidas aos humanos, Paarmann atua na identificação de gargalos e propondo melhoria nos processos pelos quais passam os produtos que serão consumidos pela população.

“A função requer flexibilidade e atualização constante, a exemplo do que ocorreu com a pandemia de Covid-19, que fez com que condutas de segurança sanitária fossem observadas com ainda mais cautela e somadas a novos protocolos”, afirma o médico-veterinário.

Paarmann conta ainda que tem que agora sua rotina tem como prioridade as atividades mais indispensáveis, como trâmite para exportação e trânsito de animais, investigação de mortalidade, certificação e vistoria de estabelecimentos e fiscalização de fronteiras nacionais e internacionais.

Linha de frente

Assim como os profissionais de outras áreas da Saúde, os fiscais agropecuários fazem parte do time de heróis que precisou se expor. Nas fronteiras, portos, aeroportos, estradas, no campo e nas empresas, eles estão na linha de frente para garantir que alimentos e medicamentos abasteçam o comércio e cheguem aos lares com segurança.

“É uma grande responsabilidade e houve muita pressão, especialmente quando os casos começaram a surgir no Brasil e novas medidas surgiam a todo o momento. Para quem trabalha em um aeroporto internacional, podemos dizer que é um contexto bastante inóspito”, afirma o médico-veterinário Luiz Carlos Teixeira de Souza Junior, fiscal agropecuário do Serviço de Vigilância Agropecuária do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SVA/GRU), unidade do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Mapa.

Primordiais para a prevenção de doenças

No que diz respeito à pandemia de Covid-19, Souza Junior argumenta que há fatores que se relacionam com a atuação do fiscal agropecuário sendo estudados e que podem evidenciar ainda mais o trabalho realizado por estes profissionais no âmbito da prevenção.

Ele comenta haver uma linha de raciocínio que defende o desencadeamento do cenário atual por conta da peste suína, que atingiu diversos rebanhos da China, em 2018 e 2019, e uma maior procura por proteína animal de outras espécies. “A perda de milhares de porcos pode ter fomentado compra e venda de carne de diferentes animais e, dessa forma, ter contribuído para com a disseminação do novo coronavírus”, comenta Souza Junior.

Consciência sanitária

“O trabalho do fiscal agropecuário junto a passageiros e cargas nos aeroportos, por exemplo, é, muitas vezes, visto como uma medida antipática. Entretanto, estas atividades, nos diferentes segmentos da cadeia, são cruciais para a prevenção de doenças e os efeitos que elas podem acarretar, a exemplo da crise que o mundo vivencia em decorrência do coronavírus”, frisa Souza Junior.

Para o médico-veterinário Ricardo Moreira Calil, presidente da Comissão Técnica de Alimentos (CTA),  do CRMV-SP, a função requer profissionais antenados em todos os aspectos da saúde humana, animal e ambiental, ou seja, que tenham como premissa a Saúde Única “Exercer a Medicina Veterinária é promover prevenção. É o que chamamos de consciência sanitária, o que vemos em todos os processos desempenhados por fiscais agropecuários.”

 

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