O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) torna público o balanço da avaliação do Primeiro Ciclo de Certificação de Cursos de Graduação em Medicina Veterinária do Estado de São Paulo, apresentado pela Comissão Técnica de Educação do Regional, durante reunião realizada no dia 14 de novembro, na sede da autarquia. Também foi alinhado o cronograma para a publicação do edital para o segundo ciclo avaliativo, bem como para a realização do 3º Encontro de Coordenadores de Cursos de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo.
O Sistema de Certificação de Cursos de Graduação, idealizado pela Comissão Técnica de Educação e implantado pelo CRMV-SP no final de 2021, avalia as Instituições de Ensino Superior em três diferentes dimensões: organização didático-pedagógica, corpo docente e técnico-administrativo, e infraestrutura. Para certificação no nível “bronze”, é exigido o conceito máximo em pelo menos 70% dos indicadores do Instrumento de Avaliação; no nível “prata”, 80%; e no nível “ouro”, 90%.
O objetivo da certificação é cooperar com a melhoria da formação de médicos-veterinários. Neste primeiro ciclo avaliativo, foram aprovadas para visita in loco duas instituições dentre as quatro vagas oferecidas pelo edital de abertura. Essa visita foi feita por dois integrantes da Comissão de Educação, acompanhados por um integrante da assessoria técnica do CRMV-SP.
“Estamos felizes por estarmos cumprindo com o nosso dever e estimulando cada vez mais a qualidade do ensino no estado de São Paulo, que nós sabemos que existe”, analisa o vice-presidente do CRMV-SP, que também é presidente da Comissão de Educação da autarquia, Fábio Manhoso.
“Acredito que ao contribuir com o processo avaliativo de curso de graduação, a educação pode evoluir. Os relatórios que são gerados permitem a verificação de potencialidades e fragilidades, e assim, pode-se pleitear melhorias junto aos dirigentes, para alcançar a excelência no ensino. A avaliação de cursos de Medicina Veterinária realizada pelo CRMV-SP tem por objetivo oferecer uma certificação, como um padrão de qualidade, para os que atingirem as exigências estabelecidas”, declara o membro da Comissão de Educação do CRMV-SP, Andrey Borges Teixeira.
Visitas e resultados
Para o vice-presidente do CRMV-SP e presidente da Comissão de Educação do Regional, Fábio Manhoso, os dois cursos aprovados para visita in loco possuem grandes qualidades, com bons conceitos, entretanto, por questões mínimas ainda não obtiveram o selo. “Acredito que com o documento que foi elaborado, em que constam as notas em cada um dos itens avaliados, é possível os gestores saberem o que pode ser melhorado e, dessa forma, as instituições terão condições de implementar as melhorias citadas, para atingir, num futuro próximo, a certificação”, afirma ele.
A integrante da Comissão de Educação da autarquia, Katia Bresciani, que visitou uma das instituições de ensino, conta que foram muito bem recebidos pela coordenação, diretoria, reitoria e puderam observar os detalhes das instalações e da estrutura. Para ela, “o processo de certificação dos cursos foi muito proveitoso porque estabeleceu critérios e parâmetros que primam pela qualidade de ensino em Medicina Veterinária, que é uma luta contínua do CRMV-SP”.
O membro da Comissão de Educação do CRMV-SP, Andrey Teixeira, esteve em visita a outra das instituições, em dois dias, realizando reuniões com os dirigentes, coordenador, professores, discentes e colaboradores, além da análise das instalações, incluindo as administrativas, a biblioteca e, posteriormente, a clínica veterinária. “Durante as reuniões e visita, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais da história do curso e suas potencialidades”, relatou.
Instrumentos de Avaliação
As visitas presenciais nos cursos de graduação em Medicina Veterinária são fundamentais para verificar se o curso de Medicina Veterinária de uma determinada instituição de Ensino Superior atende aos padrões de qualidade exigidos para obtenção da certificação de curso proposta pelo CRMV-SP, e têm como objetivo avaliar diversos aspectos, conforme abaixo:
Avaliação da Infraestrutura Física: Examinar as instalações físicas, salas de aula, laboratórios, bibliotecas, áreas de convivência, e outros espaços relacionados ao ensino, pesquisa e extensão;
Revisão dos Recursos Didáticos: Analisar os recursos didáticos disponíveis, como material didático, equipamentos, tecnologia educacional, bibliografia básica e complementar, e outros recursos necessários para o desenvolvimento do curso;
Verificação do Corpo Docente: Avaliar a qualificação e experiência do corpo docente, incluindo titulação acadêmica, produção científica, participação em atividades de pesquisa e extensão, e a adequação desse corpo docente para os objetivos do curso;
Análise do Projeto Pedagógico: Examinar o Projeto Pedagógico do Curso (PPC), que é o documento que detalha os objetivos, estrutura curricular, metodologias de ensino, critérios de avaliação, entre outros aspectos do curso;
Avaliação dos Processos de Avaliação e Aprendizagem: Verificar como são conduzidos os processos de avaliação dos estudantes e se estão alinhados com os objetivos do curso e com as boas práticas educacionais;
Reuniões: Conversar com professores, alunos, e profissionais envolvidos com o curso para obter informações sobre o funcionamento, desafios e pontos fortes do curso;
Análise de indicadores: Avaliar os resultados obtidos pelos estudantes, taxas de conclusão, índices de empregabilidade, e outros indicadores que possam refletir a qualidade do curso;
Conformidade com Regulamentações e Normas: Verificar se o curso está em conformidade com as regulamentações e normas estabelecidas pelos órgãos competentes.
